Quem controla seus dados? Ciência Aberta, Colonialismo de Dados e Soberania na era da Inteligência Artificial e do Big Data

Autor: Fabiano Couto Corrêa da Silva
Este livro investiga como a economia dos dados reconfigura poder, ciência e soberania, revelando continuidades entre a colonialidade histórica e a extração digital. A partir de uma perspectiva latino‑americana, discute tensões da Ciência Aberta e propõe caminhos ético‑políticos para uma governança justa de dados (FAIR/CARE), infraestrutura aberta e justiça epistêmica. Um convite à ação para que os dados sirvam às pessoas, e não o contrário.
SUMÁRIO Prefácio PARTE I FUNDAMENTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS CAPÍTULO 1 Introdução ao colonialismo de dados 1.1 A economia dos dados e as grandes corporações (Big Tech) 1.2 Assimetrias de poder e vigilância na era do Big Data 1.3 Marcos teóricos: dos estudos pós-coloniais à teoria crítica da informação 1.4 Paradoxos e contradições do colonialismo de dados 1.5 Resistências e alternativas emergentes 1.6 Dimensões psicológicas e subjetivas 1.7 Impactos ambientais e sustentabilidade 1.8 Perspectivas futuras e tendências emergentes CAPÍTULO 2 Ciência aberta: tensões, contradições e paradoxos 2.1 A evolução do conceito de ciência aberta 2.2 Princípios FAIR e democratização do conhecimento 2.3 Modelos de acesso aberto e sustentabilidade 2.4 Tensões entre abertura e controle 2.5 Algoritmos e curadoria: o poder invisível da descoberta 2.6 Ciência cidadã e participação democrática 2.7 Paradoxos da democratização científica 2.8 Alternativas e resistências à ciência aberta hegemônica 2.9 Perspectivas futuras PARTE II ANÁLISE CRÍTICA E IMPACTOS CAPÍTULO 3 O impacto do colonialismo de dados na produção científica e no conhecimento 3.1. Desigualdades na produção científica global (Norte global vs. Sul global) 3.2 Apropriação de dados científicos e parachute science 3.3. Epistemologias marginalizadas e colonialidade do saber na ciência 3.4. Relação entre dados abertos e assimetria de poder 3.5 Algoritmos, vieses e reprodução de desigualdades CAPÍTULO 4 Fraudes científicas, manipulação de dados e práticas antiéticas 4.1. Fundamentos históricos e teóricos da integridade científica 4.1.1 Evolução histórica dos conceitos de integridade científica 4.1.2 Marcos normativos contemporâneos e codificação internacional 4.1.3 Dimensões neurobiológicas e psicológicas da ética científica 4.1.4 Teorias contemporâneas de integridade científica 4.1.5 Colonialismo científico e estruturas de poder global 4.2. A crise contemporânea: dimensões e magnitude do problema 4.2.1. Análise estatística da escalada de retrações científicas 4.2.2 Paper Mills: a industrialização sistemática da fraude 4.2.3 Impactos da pandemia COVID-19 na integridade científica 4.2.4 Dimensões econômicas e desperdício de recursos sistêmicos 4.3 Inteligência artificial: a transformação fundamental da má conduta científica 4.3.1 A dupla face da revolução tecnológica: promessa e ameaça simultâneas 4.3.2 Tipologia expandida da má conduta científica digitalmente amplificada 4.3.3 Geração de conteúdo fraudulento: análise multimodal 4.3.4 Implicações epistemológicas: redefinindo a natureza da evidência 4.3.5 Características identificáveis, padrões de detecção e evolução estratégica: uma análise integrada da sofisticação operacional 4.4 Ferramentas de detecção e contramedidas tecnológicas: a evolução da resposta científica à fraude digital 4.4.1 Evolução sistêmica dos paradigmas de detecção: da análise manual à inteligência artificial interpretável 4.4.2 Detecção avançada de manipulação visual: forense digital e análise de autenticidade 4.4.3 Análise linguística avançada e detecção de conteúdo gerado por ia: além da detecção de plágio tradicional 4.4.4 Tecnologias emergentes e direções futuras: blockchain, computação quântica e realidade aumentada 4.5 Dimensões éticas e sociais: impactos sistêmicos na confiança pública e coesão epistêmica 4.5.1 Erosão da confiança pública e fragmentação do consenso científico: uma análise multidimensional 4.5.2 Colonialismo científico e vulnerabilidades sistêmicas: reprodução de desigualdades globais 4.5.3 Dimensões neurobiológicas e psicológicas: estresse sistêmico e degradação do julgamento ético 4.5.4 Responsabilidade institucional e transformação cultural: além da responsabilização individual 4.6 Perspectivas futuras e recomendações estratégicas: construindo um sistema científico íntegro e equitativo 4.6.1 Visão integrada para governança da integridade científica: coordenação multi-escalar e abordagem sistêmica 4.6.2 Recomendações tecnológicas: inovação responsável, interpretabilidade e democratização 4.6.3 Reformas institucionais: transformação de incentivos, culturas, e estruturas de poder 4.6.4 Cooperação internacional e soberania científica: equidade global e justiça epistêmica 4.6.5 Roadmap de implementação: estratégias integradas de curto, médio e longo prazo para transformação sistêmica da integridade científica PARTE III ESTUDOS DE CASO E EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS CAPÍTULO 5 Estudos de caso internacionais 5.1. Caso 1: Dados genéticos indígenas e desrespeito ao consentimento (o caso Havasupai) 5.2. Caso 2: SciELO e a democratização da comunicação científica na América Latina 5.3. Caso 3: universidades e Big Tech - a dependência de plataformas privadas na educação pública 5.4. Caso 4: Governança de dados em saúde durante a pandemia de COVID-19 CAPÍTULO 6 Experiências brasileiras e latino-americanas 6.1 Políticas de ciência aberta no Brasil 6.2 Repositórios institucionais e iniciativas regionais 6.3 Desafios da implementação da LGPD na pesquisa 6.4 Movimentos de software livre e tecnologias sociais 6.5 Ciência cidadã e participação comunitária 6.6 Redes de colaboração Sul–Sul PARTE IV PROPOSTAS E PERSPECTIVAS FUTURAS CAPÍTULO 7 Propostas e soluções para uma governança de dados justa e ética 7.1 Soberania de dados e marcos regulatórios 7.2 Infraestruturas abertas e tecnologias decoloniais 7.3 Princípios éticos e inclusão 7.4 Recomendações de políticas públicas e iniciativas comunitárias 7.5 Modelos alternativos de financiamento e sustentabilidade 7.6 Educação e capacitação para soberania digital CAPÍTULO 8 Perspectivas futuras e agenda de pesquisa 8.1 As novas fronteiras tecnológicas da pesquisa científica 8.2 inteligência artificial (IA) como catalisadora e desafio 8.3 Ciência descentralizada (DeSci) e a promessa da Blockchain 8.4 O dilema central: abertura global, soberania digital e o espectro do colonialismo digital 8.5 Agenda de pesquisa para uma ciência aberta, equitativa e soberana 8.6 Inclusão e Ciência Cidadã: democratizando a produção do conhecimento além da academia Considerações finais: rumo a uma transformação sistêmica da ciência global Referências Bibliográficas Sobre o Autor Índice remissivo

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